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Carta manuscrita do Conde D´Eu (1877)

Carta manuscrita do Conde D´Eu (1877)

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Dom Pedro II compartilha três fotografias de Damasco na Síria.

Carta manuscrita do Conde d´Eu. Uma folha. Em francês. 12,8 cm x 20,6 cm. 16 de fevereiro de 1877. Excelente estado. Peça única.

Tradução do francês para o português

"O Imperador nos instrui, a Princesa e eu, a enviar-lhe a carta em anexo, bem como o pequeno rolo que a acompanha e que contém três vistas fotográficas da cidade de Damasco."

Quem de nós nunca pediu a um amigo que viajava aos Estados Unidos que nos trouxera aquele último lançamento tecnológico? Talvez o celular do ano, ou um computador com supermemória, de fato, às vezes o progresso demora um pouco em chegar às nossas terras. Contudo, nem sempre foi assim. Posso apostar que você não imaginava que, no século 19, aquilo que de melhor a tecnologia da época tinha a oferecer chegava primeiro a este lado do Atlântico. O motivo? Dom Pedro II, o imperador do Brasil, um homem culto, amante das artes e das ciências, e entusiasta das inovações do mundo moderno. Pedro II fomentou a fundação de escolas, teatros e bibliotecas, mas ele tinha uma paixão especial: a fotografia.

No ano de 1836, a primeira fotografia da história da humanidade nasceu pelas mãos do francês Joseph Niépce, que utilizou uma câmara escura. Esse invento prontamente evoluiu, e o mesmo Niépce, juntamente com outro cientista francês, Daguerre, registrou em 1839 a invenção da daguerreotipia, uma primitiva câmera fotográfica. Somente 4 meses depois, a descoberta já era assunto nos jornais brasileiros. Vale lembrar que, no século 19, esse era um tempo recorde. Ainda mais impressionante é que, já em 1840, o daguerreótipo chegou ao Brasil por intermédio do imperador, que desde então entrou para a história da fotografia no país.

Dom Pedro II impulsionou a produção de daguerreótipos e máquinas fotográficas no Brasil, e registrou, ele mesmo, muitos momentos de sua vida. Além disso, foi um consumidor assíduo dos pioneiros fotógrafos nacionais e promoveu o desenvolvimento artístico e cultural do país, fornecendo auxílio público e privado, prêmios, medalhas e até bolsas para os artistas! Verdade seja dita, Dom Pedro II era um visionário, pois ele entendeu, já há dois séculos, que a fotografia era uma expressão artística e um importante registro histórico. Tanto assim, que ele chegou a contratar o renomado fotógrafo alemão, Revert Henrique Klumb, para ser professor de fotografia da princesa Isabel.

Além disso, o imperador, que era fascinado por viajar pelo mundo percorrendo regiões históricas, nunca o fazia sem fixar tal acontecimento, fosse ele mesmo o fotógrafo, ou alguém contratado para acompanhá-lo nas viagens. Essas expedições renderam centenas de fotos, não somente da majestade imperial, senão dos lugares pelos quais viajava. Vale lembrar que a fotografia, nessas épocas, não era popular como hoje, razão pela qual esses primeiros registros dos sítios históricos da humanidade, hoje são fonte de estudos para historiadores e arqueologistas do mundo todo.

O resultado da paixão de Dom Pedro II pela fotografia foi o maior acervo dos primórdios da fotografia brasileira. Uma reunião de mais de 25 mil fotos que Dom Pedro II doou à Biblioteca Nacional, ao ser banido do Brasil em 1889, quando foi proclamada a república. O patrimônio cultural que ele reuniu, no entanto, continua sendo um tesouro do país. Foi do monarca francês Luís XIV uma das frases mais famosas da humanidade: o “Estado sou eu”. Contudo, Dom Pedro II proferiu sua própria versão desse grandioso bordão: “A ciência sou eu”.

Fato inusitado, três das principais figuras da família real estão presentes nessa carta em francês de 1877: a Princesa Isabel, Dom Pedro II e o Conde d´Eu que escreve para um destinatário desconhecido, um Monsieur, talvez um pesquisador?

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