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Carta manuscrita do Conde d´Eu (1916)

Carta manuscrita do Conde d´Eu (1916)

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Em 1916, o Conde d’Eu sofre com a velhice, mas continua curioso e estudando o Brasil. 

Carta manuscrita de Gastão d´Orléans, o Conde d´Eu, para José Ribeiro Amaral. 1 folha dobrada, 3 páginas manuscritas. Em português. 12.4 cm x 17 cm. França, em 3 de outubro de 1916. Excelente estado. Peça única.

1a página

03 de outubro de 1916

Ilustríssimo José Ribeiro do Amaral
Há muito desejava ter-lhe 
agradecido a amável remessa
de seu notável folheto “A fundação
de Belém” na qual notifica as
datas aceitas no opúsculo do
mesmo título pelo Venerável Candido Costa
esforçado investigador da
história pátria e extraída
da narrativa e um tanto incorreta,
de Bernardo Pereira de Berredo
entrava Capitão General desse Estado,

2a página

no século 18.
A velhice vai progredindo
e já me torna difícil as
coisas mais simples, tanto mais
que não faltem preocupações e
idas e vindas.
Foi dito também o motivo 
que me provais até hoje de
dizer-lhe quanto me penhorarão
suas afetuosas congratulações
na data de meu aniversário natalício.
Meu filho Luiz que ainda não está
de todo restabelecido e atualmente
acha-se aqui conosco enquanto

3a página

a aproximação do inverno
não o obriga a procurar clima
mais favorável, me pede que
também lhe agradeça o
exemplar que a vós atenciosamente
lhe destinou.
Recebei, Venerável Ribeiro do Amaral,
as afetuosas lembranças
deste velho amigo,
Gastão de Orléans.

Gastão de Orléans, o Conde d'Eu (1842 - 1922) é, sobretudo, conhecido por ter sido, a partir de 1864, o esposo da Princesa Isabel, segunda filha do Imperador Dom Pedro II e da Imperatriz Teresa Cristina. Militar, já herdeiro do trono, assumiu o lugar do Duque de Caxias como Comandante das Forças Brasileiras, durante a guerra do Paraguai, quando contava apenas 28 anos. Foi sob seu comando que se encerrou a guerra.

Ele escreveu essa carta do Château d'Eu, que se tornou residência da Família Imperial Brasileira no exílio no final da década de 1870. Segundo Alban Duparc, Diretor do Château d'Eu, "O Conde d´Eu, como sua esposa e seu padrasto, se interessava por muitas áreas (...), como todas as pessoas da alta sociedade. Ele também era muito solicitado e sua educação de Príncipe lhe fazia responder pessoalmente, e respeitosamente, para cada um, mesmo desconhecidos." 

Mas José Ribeiro do Amaral (1853 - 1927) não era desconhecido:  ilustre maranhense, foi professor e diretor do Liceu Maranhense, reorganizou e dirigiu a Biblioteca Pública, publicou diversos trabalhos sobre a Historia do Maranhão, presidiu a Academia Maranhense de Letras e fundou o Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão.

Esposo da Princesa Isabel, o Conde d´Eu era francês, mas, por seu casamento, ficou a vida inteira ligado ao Brasil, com inúmeras idas e voltas, pessoais e oficiais, entre os dois países. Foi até durante uma última viagem para o Brasil que faleceu, em 1921.

Essa carta extensa, em excelente estado, com o cabeçalho EU chama a atenção por mostrar o Conde já aos 74 anos - A velhice vai progredindo e já me torna difícil as coisas mais simples - mas ainda muito ativo socialmente e com muita vontade de enriquecer sua cultura, especialmente brasileira. Uma peça de qualidade para um colecionador focado na família imperial brasileira.

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