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Carta manuscrita de José Pancetti (1949)

Carta manuscrita de José Pancetti (1949)

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“Muitos gostariam de possuir-te como mulher, atraente que és, movidos simplesmente pelo desejo da posse efêmera”.

Carta manuscrita inédita de José Pancetti para Stela, com um desenho. Uma página. Em português. 20,3 cm x 25,7 cm. 15 de janeiro, 1949. Excelente estado. Peça única. 

Transcrição

[?] 15 / 1 / 949

STELA

Muitos gostariam de possuir te como mulher
atraente que és, movidos simplesmente pelo
esejo da posse efémera, ter-te como esposa
ou companheira a vida inteira, mas
sempre com esse mesmo fim. E isso acontecer,
quase sempre, com a totalidade humana.
Eu nois digo que não gostaria possuir te
desse mesmo modo porque tambem sou
um homem. Mas o que mas profundamente
me comove e eu gostaria, era ter-te, constan
temente, como fonte inspiradora da minha
arte : adorar-te-ia sempre cada vez
mais e como ninguém jamais fosse
capaz de adorar-te. E com essa tua
simples, [?] e estranha figura
eu criaria, então, um mundo de côres e
formas novas onde tua [?]
eternidade !

José Pancetti

Nesse pequeno trecho de uma breve carta de amor, José Pancetti (1902 - 1958), pintor modernista considerado um dos maiores paisagistas do Brasil, declara a formosura de sua amada Stela. Essa beleza, no entanto, será para nós sempre um segredo, já que Pancetti não revelou o rosto de sua Stela em seus quadros. Ainda assim, sabemos que não era um desejo efêmero o sentimento que movia o pintor.

Dizem por aí que todo grande artista tem sua grande musa. Ainda que não possamos generalizar, essa relação frutífera marcou a produção de muitos talentosos criadores da história da humanidade. Além de Pancetti e Stela, outros casos não faltam, Picasso, também é conhecido por suas musas inspiradoras. As mulheres de sua vida tiveram papel fundamental em seu legado artístico, e ele retratou suas modelos e amantes em seus quadros. Gala Éluard Dalí, esposa do grande Salvador Dalí, é outro exemplo de musa. Essa forte mulher não cativou somente seu marido, imersa no Movimento Surrealista, a russa arrebatou artistas como Éluard, com quem também se casou, além de Max Ernst e André Breton.

A beleza do vínculo entre o artista e a musa não depende da relação que eles mantiveram, ela nasce da perpetuidade dessa união, e vai além do rosto que se revela sobre uma tela. Pancetti, nessa excepcional declaração à sua amada Stela, confessou:
“Mas o que mais profundamente me comove e eu gostaria, era ter-te, constantemente, como fonte inspiradora da minha arte”.

E assim fez o artista, transformando seu sentimento em algo perpétuo num mundo de cores e formas, e eternizando sua secreta e sonhada Stela.

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