Em 1888, alguns meses após assinar a Lei Áurea, a Princesa Isabel tenta conciliar responsabilidades públicas e privadas.

• Carta manuscrita da Princesa Isabel para "Luiza Velha de Avelhos" (que não identificamos)? 
• Uma folha, duas páginas + Um cartão de um(a?) antigo proprietário, com uma escrita que parece infantil.
• Em português.
• ~ 13,5 cm x 21 cm. 
• Petrópolis, 14 de outubro 1888.
• Bom estado de conservação.
• Peça única.

Esta carta, escrita pela princesa Isabel do Brasil em 1888, expressa felicitações carinhosas e votos de felicidade a uma amiga próxima por ocasião de seu aniversário. No texto, a princesa menciona ter encontrado um momento para escrever, mesmo em meio a uma rotina atribulada, fazendo referência metafórica a “uma cruz e um concílio”.

No contexto de 1888, quando Isabel havia assinado a Lei Áurea e enfrentava tensões políticas e sociais significativas, a expressão pode refletir os desafios de liderar em um período conturbado. “A cruz” representaria os sacrifícios e pressões do momento, enquanto “o concílio” indicaria as negociações e deliberações que ela precisava conduzir ou participar. É uma metáfora que ilustra a dificuldade de conciliar responsabilidades públicas e privadas.

Embora ela fosse a herdeira do trono e, portanto, chamada de “Princesa Imperial do Brasil”, seu título de “Condessa d’Eu” era frequentemente usado em contextos privados, sociais ou informais, e até mesmo em sua correspondência pessoal. Foi apenas após a proclamação da República e sua partida para o exílio em 1889 que o uso desse título adquiriu uma conotação mais marcante, refletindo sua vida como membro da nobreza fora do Brasil.

Esta carta de duas páginas chama atenção pelo fato de ter sido escrito em 1888, o ano em que a princesa Isabel sancionou a Lei Áurea, abolindo oficialmente a escravidão no Brasil, um momento crucial na história do Brasil.