Bob Dylan | Cartas, manuscritos, dedicatórias, autógrafos e fotografias assinadas

Bob Dylan | Cartas, manuscritos, dedicatórias, autógrafos e fotografias assinadas

Mathias Meyer

Bob Dylan nunca foi muito fã de assinar autógrafos e, desde os anos 80, passou a recusá-los com mais frequência, raramente assinando em público. Seus autógrafos no mercado geralmente vêm de edições limitadas vendidas oficialmente, como no caso polêmico de 2022, quando assinaturas impressas foram descobertas em livros supostamente autografados.

Apesar disso, de tempos em tempos, surgem em leilões internacionais cartas, dedicatórias ou desenhos com conteúdos incríveis, mas que alcançam valores altíssimos, tornando-se inacessíveis para a maioria dos colecionadores

Dylan veio ao Brasil várias vezes para shows, e é provável que existam alguns documentos assinados por ele no país, seja contratos, registros administrativos ou até mesmo raros autógrafos legítimos. No entanto, é preciso ter cuidado, pois falsificações de sua assinatura são comuns no mercado.

Exemplos de documentos autógrafos de Bob Dylan

Uma carta manuscrita de Bob Dylan

Esta é uma carta manuscrita de Bob Dylan, datada de 26 de julho de 1975, enviada à musicista Debbie Green Andersen, uma figura da cena folk de Greenwich Village nos anos 60. Nela, Dylan expressa uma conexão instantânea com Green, reflete sobre suas experiências compartilhadas e comenta sua aversão a discussões sobre certos assuntos pessoais. Ele menciona que raramente escreve cartas, preferindo se expressar por meio de suas músicas, mas aqui faz um convite especial: convida Debbie para participar das gravações de seu próximo álbum, Desire, no Columbia Studios, em Nova York. 

Um autógrafo de Bob Dylan

Este é um exemplar autografado do clássico álbum Another Side of Bob Dylan, lançado em 1964. A assinatura, feita com marcador azul na capa, foi obtida pessoalmente pelo renomado colecionador Michael Wehrmann, conhecido por sua habilidade em conseguir autógrafos de celebridades. Wehrmann explicou que pede assinaturas a Dylan apenas uma vez por ano, e o cantor costuma assinar alguns itens a cada encontro. Este álbum foi assinado em 13 de agosto de 2011, no dia em que Dylan se apresentou no Jones Beach Theatre, em Nova York.

Um manuscrito de Bob Dylan

Este é um raro manuscrito original da canção Let Me Die In My Footsteps, escrita por Bob Dylan em março de 1962. Inspirada na visão de um abrigo antinuclear em construção durante a Guerra Fria, a letra reflete sua crítica à paranoia e ao medo da época. A música estava programada para integrar seu segundo álbum, The Freewheelin’ Bob Dylan, mas foi retirada pouco antes do lançamento, em março de 1963, junto com outras três faixas. Poucas cópias do álbum contendo essas músicas foram distribuídas, tornando-se algumas das edições de vinil mais raras e valiosas.

Um desenho de Bob Dylan

Este desenho de Bob Dylan, intitulado All I Really Want to Do, faz parte de sua coleção Mondo Scripto, exibida na Halcyon Gallery, em Londres, em 2018. Feito a lápis, retrata uma mulher com uma expressão intensa, os braços erguidos em uma pose dramática, transmitindo uma sensação de movimento e emoção. Inspirado em sua canção de mesmo nome, o desenho reflete a sensibilidade artística de Dylan, que expande sua expressão poética e musical para o universo visual. Assinado pelo artista, a obra mostra sua habilidade no desenho como uma extensão de sua criatividade multifacetada.

Um contrato assinado por Bob Dylan

Este é um contrato assinado por Bob Dylan em 25 de junho de 1988, referente à venda do Orpheum Theatre para a Minneapolis Community Development Agency. O documento, com 12 páginas e devidamente notarizado, formaliza a venda do teatro por Dylan e seu irmão pelo valor de 1,4 milhão de dólares. A assinatura de Dylan aparece na página 11, feita com uma caneta de ponta de feltro preta. O Orpheum Theatre foi posteriormente restaurado e reaberto em 1993.

Onde existem documentos autógrafos de Bob Dylan?

Bob Dylan veio ao Brasil nove vezes para shows, passando por seis cidades: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília e Curitiba. Suas turnês aconteceram em 1988, 1990, 1991, 1998, 2008, 2012 e 2018, sempre como parte da Never Ending Tour. Ele se apresentou em casas de shows como Palace, Metropolitan, Via Funchal e Credicard Hall, além de ginásios como Nilson Nelson. Durante essas visitas, é provável que tenha assinado pelo menos alguns autógrafos, além de documentos administrativos ou oficiais relacionados às suas turnês no país.

Cuidado com alguns autógrafos de Bob Dylan

Em 2022, Bob Dylan e sua editora enfrentaram uma polêmica depois que compradores descobriram que os livros vendidos por 600 dólares, supostamente assinados à mão pelo artista, tinham na verdade assinaturas impressas. Após questionamentos sobre a autenticidade, a editora admitiu o erro e ofereceu reembolsos aos clientes. A situação gerou indignação, já que os livros eram vendidos como itens de colecionador justamente por conta da assinatura de Dylan.

FAQ

​​1. Os autógrafos de Bob Dylan são raros?

Depende. Ele assinou bastante no início da carreira, mas desde os anos 80 se tornou muito mais relutante, tornando seus autógrafos mais valiosos.

2. Quais são os documentos mais procurados?

Cartas manuscritas, letras de músicas originais e autógrafos em álbuns clássicos, especialmente dos anos 60.

3. Existem muitas falsificações da assinatura de Bob Dylan?

Sim, o mercado está cheio de falsificações, por isso é essencial ter certificados de autenticidade e consultar especialistas antes de comprar.

Conclusão sobre cartas, manuscritos, dedicatórias, autógrafos e fotografias assinadas de Bob Dylan

Bob Dylan é um dos artistas mais influentes da música e da cultura do século XX. Surgiu nos anos 60 como um dos principais nomes do folk, com letras poéticas e engajadas que marcaram a luta pelos direitos civis e contra a Guerra do Vietnã. Logo inovou ao incorporar o rock, gerando polêmica, mas redefinindo os rumos da música popular. Ao longo das décadas, experimentou diversos estilos, do country ao gospel, mantendo-se sempre relevante. Com uma carreira de mais de 60 anos, lançou clássicos como Blowin’ in the Wind, Like a Rolling Stone e Knockin’ on Heaven’s Door, influenciando gerações de artistas. Seu impacto foi reconhecido com prêmios como Grammys, um Oscar e o Nobel de Literatura em 2016, tornando-se o primeiro músico a receber essa honra.

Os autógrafos de Bob Dylan não são tão raros, pois ele assinou um número considerável ao longo das décadas, e eles continuam muito procurados, especialmente os mais antigos. As assinaturas que ele fez nos anos 60, quando ainda era jovem e menos relutante em autografar, são especialmente valiosas, principalmente em seus primeiros álbuns. Dedicatórias e bilhetes manuscritos que ele escreveu para pessoas próximas, amigos ou colegas que ele admirava também são altamente cobiçados, pois oferecem um olhar mais íntimo sobre o artista. No entanto, é preciso ter cautela, pois há muitas falsificações no mercado, e alguns exemplares falsos são muito bem feitos.

Você possui um documento autógrafo de Bob Dylan? Entre em contato.

 

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