Carta manuscrita da Imperatriz Teresa Cristina (1887)

Um ano antes da Proclamação da República, Dom Pedro II está doente e o casal imperial descansa em uma casa emprestada por amigos de longa data.

• Carta manuscrita da Imperatriz Teresa Cristina para a Viscondessa de Ubá (Mariana Velho de Avellar).
• Uma folha, uma página.
• Petrópolis, 9 de abril de 1887.
• 13 cm x 25 cm.
• Excelente estado.
• Peça única.

Petropolis 9 abril 1887

Cara Marianasinha,

Eu e o Imperador vimos agradecer o bom acolhimento que recebemos das suas filhas em sua casa, e dizer-lhe que sentimos não ter tido o gosto de vê-la aqui com seu marido. 

O Imperador tem tido muitas melhoras com a estadia aqui, e espero que os ares das Águas Claras o restabeleçam de tudo. Sua filha Mariquinhas vai conosco nesta viagem por causa do estado de saúde de D. Josefina, que está doente. Sua filha é tão boa para mim. 

Adeus lembranças nossas ao Visconde e receba um abraço desta sua amiga.

Thereza

Em abril de 1887, o casal Imperial está curtindo a casa de Mariana Velho de Avellar, a Viscondessa de Ubá, filha do mordomo do Paço Imperial e da dama de honra da Imperatriz Teresa Cristina. A família Ribeiro de Avellar foi uma bem-sucedida proprietária de terras, cafezais e escravos no Vale do Paraíba fluminense e a casa de veraneio que possuíam em Petrópolis foi o local emprestado onde as Princesas Isabel e Leopoldina passaram a lua de mel.

Esta carta de Teresa Cristina, escrita em Petrópolis, me parece muito singular e emocionante ao testemunhar a velhice do casal imperial, seus últimos meses no Brasil, pouco antes da Proclamação da República e do exílio.