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Autógrafos de Bidu Sayão, Heitor Villa-Lobos e Roberto Burle Marx (1946)

Autógrafos de Bidu Sayão, Heitor Villa-Lobos e Roberto Burle Marx (1946)

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Em 1946, a elite intelectual e artística carioca assiste à volta de Bidu Sayão ao Brasil e solicita ao Estado mais recursos para a cultura.

Petição da Ação Social Brasileira para o Prefeito do Distrito Federal do Rio de Janeiro, com 45 assinaturas. 4 páginas. 22.4 cm x 30.4 cm. Em português. Rio de Janeiro, 15 de agosto de 1946. Bom estado. Peça única.

Ação Social Brasileira

Excelentissimo Senhor Dr Hildebrandro de Góes, Prefeito do Distrito Federal

O movimento artístico do Rio de Janeiro para seu amplo desenvolvimento, não podendo prescindir de mais uma ou duas grandes salas de concertos, e por outro lado, as artes plásticas carecendo urgentemente de galerias adequados para suas exposições, os artistas, os intelectuais e quantos se interessam pela Arte, vêm apresentar a Vossa Excelência o pedido de deferir favoravelmente a justa pretensão de AÇÃO SOCIAL BRASILEIRA, que por Lei já tem direito a um terreno na zona central da cidade.

Esse recinto de alta cultura será relevante serviço prestado à cidade, enaltecendo o Rio de Janeiro aos olhos de toda a intelectualidade do Brasil e do estrangeiro e colocando a nossa Capital na altura dos grandes centros de Arte de todas as grandes cidades do mundo.

15 de Agosto de 1946

Bidu Sayão
Villa-Lobos
Burle Marx

e X outros nomes.

Em 1946, Bidu Sayão retornou dos Estados Unidos para o Brasil por um período. Ela se apresentou no Theatro Municipal no dia 15 de agosto de 1946, na montagem da ópera Romeu e Julieta de Gounod, com o regente Jean Morel e a orquestra do Theatro Municipal. Esse evento foi bastante marcante para a história da música e da cultura brasileira, já que Bidu Sayão era considerada uma das melhores sopranos do mundo na época. A crítica especializada elogiou muito sua atuação, destacando sua voz cristalina e sua interpretação emocionante.

Na década de 1940, o Brasil passava por um período de grande efervescência cultural e política, e a cidade do Rio de Janeiro era considerada o centro cultural do país. Muitos artistas e intelectuais brasileiros se envolveram em movimentos sociais e políticos que defendiam a democracia, os direitos dos trabalhadores e a valorização da cultura nacional. Surgiram diversos movimentos artísticos e culturais importantes, como o modernismo e o movimento antropofágico, que propunham uma nova forma de pensar e fazer arte no país.

É provável que essa petição tenha sido o primeiro ato do que se tornaria, em 1948, o "Grupo dos Primitivos" (1), formado por artistas, intelectuais e personalidades da cultura brasileira reunidos por Bidu Sayão, com o compositor Villa-Lobos ou o paisagista Burle Marx, entre outros cujas assinaturas aparecem nesse documento. O objetivo do grupo era promover a cultura nacional e valorizar as raízes brasileiras, em contraposição à influência europeia que ainda predominava na época.

O grupo realizava encontros, debates e eventos culturais no Edifício Anchieta, que se tornou um importante ponto de encontro da cultura brasileira na década de 1950. Essas iniciativas tiveram grande importância na valorização da cultura brasileira e na promoção da arte nacional, e sua influência pode ser percebida até os dias de hoje.

Resumindo, temos aqui uma petição marcando um momento duplamente histórico para a cultura brasileira. Nela, na mesma página, encontram-se as belas assinaturas de Bidu Sayão, Villa-Lobos, Burle-Marx e muitos outros. Fico muito feliz em apresentar-lhes este documento único.

(1) "Bidu Sayão e o Grupo dos Primitivos: o Brasil das artes plásticas e da música na década de 1940" por Denise Mattar (livro). "O Grupo dos Primitivos: uma arte e uma ideia de brasilidade" por Cauê Alves (artigo acadêmico)

 

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