O precursor da literatura infantil no Brasil, Monteiro Lobato, fala do Burro Velho e da cadeia.
Carta assinada por Monteiro Lobato a Souza Filho.
Uma página.
Em português.
20,5 cm x 28 cm.
São Paulo, dia 20 de janeiro de 1944.
Bom estado de conservação.
Peça única.
Em 1940, Monteiro Lobato, em plena ditadura, escreveu uma carta ao presidente Getúlio Vargas na qual aborda a questão do petróleo no Brasil e argumenta que o Conselho Nacional do Petróleo esta retardando "a criação da grande indústria petroleira no Brasil, para servir, única e exclusivamente, os interesses do truste Standard-Royal Dutch". Documentos, relatórios e testemunhas redundaram em um processo e na prisão de Lobato.
A respeito da sua prisão comentou : “estou como queria, colhendo o que plantei. A causa do petróleo ganha muito mais com a minha detenção do que com o comodismo palrador aí do escritório”.
Esta carta encerra, 3 anos depois, o episódio do cárcere no Presídio Tiradentes, de março a junho de 1941, ao ressaltar a satisfação de Monteiro Lobato ao elogio feito pelo destinatário à sua sinceridade. Ele escreve também que, por ser demasiado sincero o risco é a cadeia. Como pérola, ainda encontramos o autoelogio às avessas : burro velho.