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Carta assinada por Vinicius de Moraes (1946)

Carta assinada por Vinicius de Moraes (1946)

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No começo da sua carreira, Vinicius de Moraes assume seu primeiro posto de diplomata em Los Angeles.

Carta manuscrita inédita de Vinicius de Moraes para Raul Bopp, seu colega tanto no Itamaraty quanto no ofício de escritor. Duas páginas. Em português. Los Angeles, 19 de julho 1946. 18.3 cm x 26.6 cm. Excelente estado.

Dramaturgo, jornalista, cantor, compositor, diplomata e poeta, Vinicius de Moraes foi aquilo que hoje chamaríamos de um artista completo, desempenhando-se magistralmente em cada uma de suas funções. Uma dessas poucas pessoas que nascem a cada quantas gerações capazes de dominar com excelência distintas formas de expressão, Vinicius marcou seu nome na história da arte do Brasil, e marcou o nome do Brasil na história da arte do mundo. O grande compositor foi, por exemplo, responsável por escrever a letra de “Garota de Ipanema”, canção brasileira de maior renome internacional.

Mas afinal, quem foi Vinícius de Moraes (1913 - 1980)? Nascido no Rio de Janeiro, já criança, o pequeno artista dava sinais de qual seria sua profissão, montando peças teatrais no colégio em que estudava. Ainda assim, o jovem Vinícius estudou Direito e graduou-se jurista, título que permitiu sua entrada no mundo da Diplomacia.

No entanto, foi nas letras que ele encontrou sua verdadeira paixão. Vinícius de Moraes falou de amor e sensualidade em suas obras, dedicadas às várias mulheres com as quais ele se relacionou ao longo da vida, e suas canções e sonetos acerca de suas paixões hoje fazem parte do imaginário brasileiro. Afinal, quem não memorizou na escola ao menos um poema de Vinícius?

Ainda assim, sabemos que uma parte significativa da vida do poeta foi dedicada a representar o Brasil em diversos países. O que poucos sabem é que a figura do Vinícius de Moraes diplomata também nasceu de mãos femininas, foi sua primeira esposa, Tati de Moraes, que o incentivou a prestar o concurso para a carreira diplomática do Itamaraty, no qual ele foi aprovado no ano de 1943, assumindo o cargo de vice-cônsul do Brasil nos Estados Unidos, na cidade de Los Angeles, em 1946.

Centelhas da intimidade da vida do artista nesse momento são reveladas nessa carta que ele escreveu no mesmo ano. Em suas palavras, Vinícius conta sobre o caminho que percorreu para chegar a seu primeiro posto diplomático na Califórnia. Curiosamente, na carta, Vinícius fala, também, de Tati; ele quer levá-la a Los Angeles com as crianças o mais rápido possível, pois, segundo o mesmo, andou fazendo umas besteiras que afastaram o casal.

Vinícius foi conhecido ao longo de sua vida por aventurar-se com inúmeras mulheres, é interessante, porém, ver que esses episódios impactavam sua cotidianidade, afinal, não só de palavras vivia o poeta. Coincidência, ou não, foi para sua primeira esposa, Tati Martins, que Vinícius de Moraes escreveu, ainda no ano de 1946, o famoso “Soneto da Fidelidade”, clamando por um amor “infinito enquanto dure”.

Vinícius de Moraes foi um homem de letras, revelando, por meio delas, seus sentimentos e seus amores, com a perícia da pena de um verdadeiro poeta. Mas ainda que tanto conheçamos seus dizeres, é um deleite acessar sua esfera privada, aquelas palavras escritas sem o rigor técnico da rima que destapam um homem comum, que viajou, conheceu cidades, adoeceu, se curou, mudou-se, viveu. Finalmente, a vida dos mestres não se resume à sua obra, e na trivialidade do dia a dia, vemos que algo compartilhamos com eles, nossa existência, e a necessidade de vivê-la em toda sua fugacidade.

Essa carta é um testemunho íntimo, único e inédito sobre a juventude do famoso poeta e músico brasileiro, quando era diplomata nos Estados Unidos. 

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