Vem com Certificado de Autenticidade e Garantia Digital
Não foi possível carregar a disponibilidade de retirada.
Em 1956, o ilustre crítico literário Valdemar Cavalcanti recebe uma carta de reclamação da família do escritor Coelho Netto.
Carta de crítica dos três filhos do autor Coelho Netto para o crítico literário Valdemar Cavalcanti.
Uma página.
Em português.
22 cm x 32,7 cm.
Rio de Janeiro, 3 de junho de 1956.
Documento restaurado, em bom estado de conservação.
Peça única.
Valdemar Cavalcanti (1912 - 1982) foi um escritor premiado, pioneiro do jornalismo no Brasil e da crítica literária ao trabalhar décadas como colunista para ‘O Jornal’ de Assis Chateaubriand. Coelho Netto (1864 - 1934) era da velha guarda e membro da Academia Brasileira de Letras, reconhecido por seu talento porém, consideravelmente combatido pelos modernistas.
A Tribuna da Imprensa é um jornal brasileiro importante fundado em 1949 : foi nele que, em 1954, Lacerda publicou o texto sugerindo que os militares exigissem a renúncia do Presidente Getúlio Vargas, criando o escândalo que o levaria ao suicídio.
Rafael Cavalcanti, jornalista e neto de Valdemar Cavalcanti, comenta esta carta antiga :
(...) meu avô exerceu por muitos anos a atividade de crítico literário, numa época cultural muito intensa e produtiva. Foram décadas de artigos e crônicas por eles escritos. Para se ter uma ideia, sua biblioteca tinha mais de 80 mil exemplares, muitos deles passaram pela sua análise. Portanto, o que posso dizer é que nem sempre ele agradou o autor em suas críticas.
Afinal, imparcialidade é um dos principais requisitos da atividade jornalística. Como também sou jornalista, também cabe dizer que nem sempre somos tão precisos quando escrevemos : pensamos uma coisa e às vezes escrevemos outra. Ou ainda : a informação não é compreendida adequadamente pelo receptor, o que considero uma falha nossa, de quem escreve. Ou às vezes erramos mesmo. Faz parte do trabalho do jornalista, no caso de quem faz a crítica, e de quem escreve também, inclusive o autor de livros (...).
Temos aqui uma carta surpreendente, testemunha das relações - as vezes complicadas - entre autores e jornalistas.