Em 1888, uma sociedade científica italiana envia uma carta honorífica à Princesa Isabel para reconhecer seu papel humanitário na Lei Áurea.

• Carta da Sociedade do Reconhecimento para a Princesa Isabel e três outros documentos impressos (dois em italiano, outro em francês) explicando a história, as regras e funcionamento da Sociedade.
• A carta manuscrita tem uma folha e uma página manuscrita.
• Em italiano.
• 21 cm x 29 cm.
• 4 de novembro de 1888.
• Nápoles, Itália. 
• Excelente estado de conservação.
• Conjunto único.

A carta, enviada de Nápoles em novembro de 1888, comunica uma decisão oficial da Società Internazionale d’Incoraggiamento, que concede à sua destinatária um diploma honorífico em reconhecimento aos seus méritos humanitários. O texto elogia sua contribuição para o progresso da civilização e para o bem da humanidade, destacando que a distinção foi atribuída conforme os regulamentos da instituição e enviada como testemunho de estima e reconhecimento. Trata-se de um documento formal, em papel timbrado, com carimbo oficial e linguagem cerimonial típica das academias do século XIX.

A autora da carta é a própria Società Internazionale d’Incoraggiamento, uma entidade cultural e científica napolitana dedicada a promover as ciências, as letras, as artes, as indústrias e os atos humanitários. Inspirada nas academias de progresso técnico e moral do século XIX, a Sociedade concedia títulos honoríficos a personalidades consideradas exemplares, celebrando realizações que contribuíam para o avanço social e civilizatório. Sua correspondência tinha valor institucional e representava o reconhecimento internacional das ações de seus homenageados.

A destinatária é a Princesa Isabel do Brasil, figura central da história brasileira e responsável, como regente, pela assinatura da Lei Áurea em 13 de maio de 1888, que aboliu oficialmente a escravidão no país. Sua reputação como defensora da causa abolicionista projetou-a internacionalmente como símbolo de progresso humanitário, motivo pelo qual diversas instituições estrangeiras enviaram homenagens e distinções após a abolição.

Esta carta é interessante porque representa um eco europeu imediato da Lei Áurea, testemunhando o reconhecimento internacional da ação humanitária mais emblemática da Princesa Isabel.