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Em 1855, a Condessa de Barral consolida seus laços com a família imperial, em particular com D. Francisca, a irmã de Dom Pedro II.
Carta manuscrita da Condessa de Barral dirigida a um destinatário desconhecido.
Uma folha, uma página manuscrita.
Em português.
13.2 cm x 20.2 cm.
Bahia, 18 de agosto de 1855.
Em bom estado de conservação.
Peça única.
Transcrição
Exmo Senhor
Venho hoje ter a honra de cumprimentar a Vossa Excelência e de lhe pedir a continuação de um obséquio que seu predecessor me fazia todos os meses, e vai de encaminhar minhas cartas à Nossa Princesa e Senhora D. Francisca, e também algumas a meus amigos. Aproveito desta ocasião para oferecer a Vossa Excelência nossos pequenos préstimos nesta província, e os comprimentos distintos de meu marido.
Sou de Vossa Excelência
Condessa de Barral Bahia, 18 de agosto de 1855
A relação da Condessa de Barral (1816–1891) com a família real brasileira foi marcante: ela foi preceptora dos filhos de Dom Pedro II e uma amiga próxima da Princesa Isabel, a quem influenciou significativamente na vida pessoal e na formação. Além disso, estabeleceu uma relação de confiança com Dom Pedro II, o que gerou rumores, na época, sobre uma possível ligação mais íntima entre os dois, embora isso nunca tenha sido comprovado.
A Condessa trouxe para a corte brasileira ideias modernas e europeias sobre comportamento e educação, contribuindo para a formação intelectual e moral dos membros da família imperial. Embora não tenha se envolvido diretamente na política, sua proximidade com a princesa Isabel sugere que participou de discussões sobre o abolicionismo e questões sociais, tornando-se uma importante influência para as mudanças progressistas que ocorreram no Brasil imperial. Nos últimos anos de sua vida, a Condessa de Barral retirou-se para a França, onde viveu até sua morte, em 1891 (o mesmo ano da morte de Dom Pedro II).
Embora o destinatário desta carta permaneça desconhecido, a menção a D. Francisca, irmã de Dom Pedro II, testemunha os laços estreitos entre a autora e a família imperial. Francisca Carolina mudou-se para a França após seu casamento com o príncipe de Joinville, mas manteve relações estreitas com o Brasil. A Condessa de Barral, com sua forte ligação à corte e sua educação europeia, provavelmente atuava como um canal de comunicação para facilitar a troca de informações entre Francisca e sua família no Brasil. Cartas da Condessa de Barral são raras e cobiçadas, tornando este documento um testemunho precioso da história do Brasil imperial.