Em 1857, a Moët & Chandon indeniza um cliente prejudicado por transportadores e ladrões.
Carta manuscrita de Moët & Chandon para J. Talon, Directeur des Services, Maritimes des Messageries Impériales à Marseille.
Duas páginas.
Em francês.
21.8 cm x 27.5 cm.
Epernay, o 17 de junho de 1857.
Bom estado de conservação.
Peça única.
Trechos
(…) Constatamos que você teve o desprazer de encontrar duas garrafas quebradas e quinze garrafas « recouleuses » (com vazamentos) na última entrega.
(…) Os cuidados que temos em preparar bem as caixas nos dão a certeza que a quebra não veio por uma falha na embalagem.
(…) Muitas vezes tais acidentes acontecem por falta de cuidado das transportadoras quando manipulam as cestas, na hora da carga ou descarga. Às vezes, há até homens de má fé que, sem danificar as cestas na parte exterior, quebram as garrafas com uma haste de ferro para beber o vinho que eles recolhem em um vaso.
(…) Como você percebeu nas nossas faturas, nossos vinhos viajam sob a responsabilidade dos compradores ; por esse motivo, nossa casa não costuma substituir as garrafas quebradas durante a viagem, nem de indenizar pelas garrafas vazando porque se encontram em pé em caixas manipuladas de forma errada. Porém, com você, não queremos manter essa regra da nossa Casa com absoluto rigor e concordamos em indenizar sua perda na entrega do seu próximo pedido.
Moët & Chandon
Em 1833, a Casa Moët muda seu nome para « Moët & Chandon » depois da chegada do genro de Jean-Rémy Moët,Pierre-Gabriel Chandon, na direção da empresa. É ele que vai acelerar o desenvolvimento da marca e da empresa, apostando nas exportações, primeiro na Europa, e depois do mundo inteiro.
Líder mundial na produção deChampagne, Moët & Chandon possui atualmente o maior vinhedo de Champagne, com mais de 1.600 hectares de videiras. São 1500 profissionais (300 enólogos) que trabalham em 144 países.
Essa carta é um registro interessante dos sucessos comerciais e dificuldades logísticas da empresa no começo do seu crescimento internacional, há 160 anos.