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Em 1871, Dom Pedro II expressa em um francês perfeito sua admiração pela matemática e pelo direito sucessório.
Carta manuscrita do Imperador Dom Pedro II para um professor.
Uma folha.
Em francês.
14.5 cm x 22.7 cm.
Viena, Áustria, 8 de outubro 1871.
Excelente estado de conservação.
Peça única.
Tradução em português
HÔTEL MUNSCH.
VIENA,
Sr. Professor,
É com grande prazer que recebi suas obras e sua fotografia.
Minha viagem não me permite estudar tudo o que o senhor escreveu sobre o cenário das matemáticas, pelo qual tenho tanta afeição; mas a exatidão e a clareza que encontro nas definições de seu tratado de geometria, bem como a leitura dos dois folhetos sobre o tratado (?) acadêmico e o artigo do Código Napoleônico relativo à divisão da herança entre os filhos legítimos e naturais, me agradaram muito. Os negócios seriam tratados com mais justiça se os conhecimentos matemáticos fossem mais difundidos!
Aqui está minha fotografia como lembrança do pesar que senti por não tê-lo encontrado em minha passagem por Liège, onde teria gostado muito de conversar longamente com o senhor sobre os assuntos que lhe dizem respeito.
D. Pedro de Alcântara
9 de outubro de 1871
Em 1871, Dom Pedro II estava em viagem pela Europa, uma de suas longas jornadas ao exterior com o objetivo de expandir seus conhecimentos, estabelecer contatos diplomáticos e acompanhar de perto os avanços científicos e culturais. Viena, a capital do Império Austro-Húngaro, era um dos centros intelectuais e políticos mais importantes da época, e Dom Pedro, grande admirador do conhecimento, aproveitou sua estadia para interagir com cientistas, matemáticos e estudiosos. Essa viagem fazia parte de seu esforço contínuo para modernizar o Brasil e absorver ideias inovadoras que pudessem ser aplicadas no país.
Esta carta é especialmente relevante porque evidencia o profundo interesse de Dom Pedro II pela matemática e pelo direito, demonstrando não apenas seu apreço pela ciência, mas também sua visão sobre a importância do conhecimento matemático na administração da justiça e na equidade social. Ao elogiar a clareza de um tratado de geometria e refletir sobre o Código Napoleônico, ele revela sua preocupação com a justiça e a racionalidade nas decisões legais, algo raro entre monarcas da época. Além disso, a carta ilustra seu perfil de intelectual viajante e estadista culto, reforçando sua imagem como um imperador atípico, mais dedicado ao saber do que ao luxo do poder.