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Carta manuscrita de Monteiro Lobato (antes de 1928)

Carta manuscrita de Monteiro Lobato (antes de 1928)

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O autor do Sítio do Picapau Amarelo, Monteiro Lobato, escreve sobre livros e negócios para Bastos Tigre, um dos seus amigos-inimigos.

Carta manuscrita de Monteiro Lobato para Bastos Tigre. Uma página. Em português. 13.5 cm x 20 cm. São Paulo, sem informação sobre a data. Bom estado. Peça única.

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Guarde a ? imprensa do Rio : um Tigre com ? ao peito. Chic !

Lobato.

É difícil entender essa carta de Monteiro Lobato, exceto pelo fato de falar sobre livros com Bastos Tigre, provavelmente no contexto da sua atividade de edição, tendo fundado a primeira editora brasileira de livros infantis, a Companhia Editora Nacional, em 1925. A última frase é interessante: uma citação da imprensa do Rio sobre Bastos Tigre, com um jogo de palavras com o seu sobrenome. Porém, me falta uma palavra para entender do que se trata! Lobato termina com um “Chic!! (chique), que talvez seja irônico?

Não importa, Monteiro Lobato e Bastos Tigre foram dois importantes escritores brasileiros do início do século XX, que tiveram uma relação controversa.

Por um lado, os dois autores compartilhavam algumas semelhanças em relação à sua abordagem literária. Ambos eram escritores modernistas que buscavam inovar e renovar a literatura brasileira da época, utilizando o humor e a ironia em suas obras. Além disso, os dois eram críticos ferrenhos da sociedade brasileira de sua época, denunciando a corrupção, a injustiça e a desigualdade social.

No entanto, Monteiro Lobato e Bastos Tigre tiveram divergências ideológicas e políticas. Monteiro Lobato era um defensor do nacionalismo e da valorização da cultura brasileira, enquanto Bastos Tigre era um simpatizante do movimento tenentista, que buscava uma reforma política e social no país.

Além disso, em 1928, Monteiro Lobato publicou um artigo na revista "Cidade do Livro", no qual criticava duramente Bastos Tigre, acusando-o de plagiar suas obras e de ter uma conduta moral duvidosa. Esse episódio gerou uma grande polêmica na época, e marcou o fim da amizade e da relação entre os dois escritores.

Não há data na carta, mas podemos supor então, que foi escrita antes de 1928. Uma pista seria a Rua Gusmões, no cabeçalho da carta. Entretanto, não há informações que indiquem que a Rua Gusmões, em São Paulo, teve alguma importância ou relação direta com a vida e obra de Monteiro Lobato. Ao longo dos anos, a rua abrigou importantes instituições e estabelecimentos, como a primeira estação de rádio do Brasil, a Rádio Educadora, e a sede do Partido Comunista Brasileiro. Atualmente, a rua é uma importante via de comércio e serviços na região central de São Paulo.

Monteiro Lobato é um dos autores mais importantes da literatura brasileira. Foi um dos responsáveis por popularizar a literatura infantil no Brasil, e contribuir para a formação de diversas gerações de leitores. Ele foi também, um dos principais escritores do movimento modernista brasileiro, que buscou renovar a literatura e a cultura do país, nas primeiras décadas do século XX. Por consequência, os documentos autógrafos dele continuam muito procurados. Esta carta, em bom estado, é interessante por ser inteiramente manuscrita com uma bela assinatura, por falar de livros, e pelo seu destinatário, o melhor inimigo de Lobato. 

 

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