Em 1824, Pierre-Gabriel Chandon conquista o mercado inglês onde a Moët & Chandon vai prosperar.
- Carta manuscrita de Pierre-Gabriel Chandon para Monsieur Handerson, em Londres, na Inglaterra.
- Duas páginas + Envelope.
- Em francês.
- 20 cm x 25 cm.
- Epernay, em primeiro de março de 1824.
- Bom estado de conservação, apenas uma mancha (de vinho ?) na primeira página que não atrapalha a leitura ; a 3a e 4a página (envelope) estão rasgadas no lugar do selo, provavelmente quando o destinatário abriu a carta.
- Peça única.
Trechos
O elogio que você faz de nossas adegas, sobretudo dos vinhos contidos nelas, e que desvelará aos nossos compatriotas, sem dúvida contribuirá para consolidar a reputação delas. Nós agiremos de forma que esse elogio não esteja aquém da verdade e sobretudo de nossa amizade (...).
A temporada de expedição de nossos vinhos acabou de começar, nós enviaremos dentro de um mês as duas ou três caixas de vinho de Ay que você deseja ; não tenha dúvidas a respeito do cuidado com que fizemos nossa escolha. Nós reunimos doze garrafas de vinho antigo de Ay, do ano de 1802, que lhe oferecemos rogando que o beba à nossa saúde (...).
Claude Moët, um comerciante de vinhos descendente de uma antiga família residente na região de Champagne desde o século 14, fundou sua casa em Epernay, em 1743. Desde o começo, Claude Moët forneceu champagne para Louis XV, as cortes reais da Alemanha, Espanha e Rússia. O neto dele, Jean-Rémy Moët (1758-1841), amigo e fornecedor de Napolão Ier e do czar Alexandre Ier, continuou esta estratégia de abertura para os mercados estrangeiros. Expandiu realmente a casa, competindo, por exemplo, com Madame Veuve Clicquot na Rússia.
O nome Chandon foi adicionado à companhia quando Jean-Rémy Moët deu a metade da companhia a seu genro Pierre-Gabriel Chandon de Briailles em 1832, e a outra metade a seu filho, Victor Moët, ambos já trabalhavam na empresa. A empresa mudou então de nome para Moët & Chandon.
Moët & Chandon é hoje a número um na profissão e a marca Champagne de referência. Sua reputação é excepcional : estima-se que uma garrafa da Moët & Chandon é aberta em média a cada segundo em algum lugar do mundo. Os vinhedos da casa abrangem um total de 771 hectares, é o maior da região de Champagne. Em Epernay, matriz da empresa e sede histórica das grandes marcas de Champagne, pelo menos nove ruas têm o nome da família que construiu quinze prédios, entre eles o hospital, duas igrejas, escolas e mais de cinquenta casas para os trabalhadores dos vinhedos.
Henderson era provavelmente um importador inglês de primeira importância para a casa de Champagne.
Em 1824, Pierre-Gabriel Chandon não tinha ainda herdado da metade da empresa mas seu trabalho já era muito apreciado por seu sogro Jean-Remy Moët. Esta longa carta manuscrita, com essa bela assinatura "Chandon" que deu - em 1832 - seu nome definitivo para a mais famosa marca Champagne do mundo, comprova sua dedicação no negócio familiar e seu foco no desenvolvimento da marca fora da França.
Há quase 200 anos, a marca e a família já faziam questão de atender de forma excepcional tanto seus clientes como seus parceiros comerciais. Esta carta inédita mostra a família criando relações duradoras e fiéis, receita que fez da Moët & Chandon uma das grandes marcas de luxo francesas, renomadas mundialmente.