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Carta manuscrita de Stefan Zweig (1940)

Carta manuscrita de Stefan Zweig (1940)

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Stefan Zweig, um dos escritores mais lidos do mundo vive seus últimos anos no Brasil

Carta manuscrita de Stefan Zweig. Uma página, em francês. 21,5 cm x 28 cm. Brasil, 20 de setembro de 1940. Perfeito estado. Peça única.

Tradução do francês para o português

Agradeço a "Gazeta" pelo convite feito para realizar uma conferência sob seus auspícios e confirmo ter recebido o valor de cinco contos. Muito obrigado. 

Stefan Zweig.

É sabido que todos nós que nascemos ou nos reconhecemos como brasileiros algumas vez já escutamos a célebre frase que intitula este texto. Políticos usam-na como um slogan de campanha. Cientistas políticos usam-na como uma máxima: um futuro utópico que, de fato, nunca se alcançará. O que poucos sabem é que essa frase, antes de ter sido criada ou copiada por algum partido, foi escrita, na verdade, por Stefan Zweig (1881 - 1942), um austríaco que, nos anos 1940, chegou ao Brasil e se apaixonou pela terra das palmeiras e dos sabiás. Para um homem que se dizia apaixonado pelo Brasil, ele tinha um nome um pouco difícil de pronunciar para os brasileiros!

Desencontros linguísticos a parte, Zweig foi um dos maiores escritores, romancistas, poetas, dramaturgos, jornalistas e biógrafos (ufa!) do século XX. É ainda um dos autores mais lídos atualmente, com 300.000 livros vendidos em média, todo ano, na França, por exemplo.

De origem judaica, ele mesmo dizia que seus pais eram judeus por um acidente de nascimento, já que, em sua família, a religião nunca teve um papel central. O que não significa que o escritor negara suas origens, ao contrário, em sua prolífica carreira, ele escreveu sobre muitas personalidades e temáticas judaicas.

Verdade seja dita, foi o judaísmo que trouxe esse grande pensador ao Brasil, ainda que não pelas melhores razões. Durante a Primeira Guerra Mundial, a ideologia política começou a marcar a trajetória de Zweig, que, como muitos intelectuais de sua época, aderiu à causa germânica, ainda que jamais tenha se alistado como combatente. Hoje sabemos que o real efeito da guerra foi um banho de sangue. Como consequência, o escritor se tornou um pacifista, defendendo a unificação da Europa como solução de seus problemas. Tal unificação nunca ocorreu, e com a Segunda Guerra Mundial, veio a perseguição aos judeus, esta sim, afetando diretamente ao escritor.

Assim, entre idas e vindas, Zweig terminou estabelecendo-se no Brasil, onde produziu uma importante bibliografia sobre suas percepções da nação brasileira. Zweig, ao conhecer a pobreza de algumas regiões da Bahia, se impressionou com a capacidade das pessoas que ali viviam de encontrar a felicidade na simplicidade. Algo que, segundo ele, aqueles que tiveram tudo e o perderam, como seus companheiros do Velho Continente, eram incapazes de lograr. Emocionava-o, também, como o Brasil era construído pela miscigenação, enquanto a Europa atravessava uma guerra em busca da raça pura.

Foi nesse tempo no Brasil em que Zweig escreveu o ensaio “Brasil, o país do futuro”. Hoje, este grande admirador da cultura brasileira estaria orgulhoso do futuro que construímos? Infelizmente, Zweig só não encontrou aqui seu próprio futuro. Desanimado pelo avanço do nazismo por toda a Europa, e inclusive fora dela - vale lembrar que Getúlio Vargas, então presidente do Brasil, admirava a filosofia da raça ariana -, o escritor caiu em uma profunda depressão. E em decorrência disso, em 1942, Stefan Zweig se suicidou, juntamente com sua esposa. Em sua carta de despedida, Zweig agradeceu ao Brasil, país que ele aprendeu a amar e desejou que seus amigos do Velho Continente pudessem ver a aurora logo daquela longa noite. Ele, muito impaciente, foi-se antes.

Nessa carta inédita em francês, o escritor aceita um convite para dar uma das suas últimas palestras, um pouco mais de um ano antes de cometer suicídio.

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