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Em 1857, o pai de Joaquim Nabuco escreve uma carta denunciando o tráfico de escravos.
Carta de José Thomaz Nabuco de Araújo às autoridades provinciais.
Uma folha com duas páginas.
Em português.
21 cm x 27,5 cm.
Rio de Janeiro, 19 de setembro de 1853.
Bom estado de conservação.
Peça única.
A carta datada de 19 de setembro de 1857 foi assinada por José Thomaz Nabuco de Araújo, então Ministro da Justiça do Império do Brasil. Nela, o ministro comunica às autoridades provinciais informações sobre navios suspeitos de participar do tráfico ilegal de africanos, mesmo após a promulgação da Lei Eusébio de Queirós (1850), que havia proibido oficialmente a importação de escravizados. O tom da carta é administrativo e jurídico, solicitando maior vigilância e o cumprimento rigoroso da lei contra os envolvidos nesse comércio clandestino.
O autor da carta era pai de Joaquim Nabuco (1849–1910), um dos maiores nomes do movimento abolicionista brasileiro. Enquanto o pai era um político respeitado, jurista e também proprietário de escravos, o filho dedicaria sua vida à luta contra essa instituição, tornando-se a voz mais influente do abolicionismo no Brasil. Este contraste revela um paradoxo marcante: dentro da mesma família convivem a prática comum da elite escravocrata e, na geração seguinte, a consciência moral e política que levaria à campanha pela abolição da escravidão.
Esse documento é importante porque simboliza um momento de transição histórica. Ele mostra como, na década de 1850, o governo imperial tentava reprimir o tráfico ilegal, sem ainda questionar o sistema escravista em si. Ao mesmo tempo, a ligação com Joaquim Nabuco dá à carta um valor simbólico e quase premonitório: escrita pelo pai escravocrata que aplicava a lei contra o tráfico, ela antecipa, de certa forma, o papel transformador do filho, que, décadas mais tarde, seria um dos principais artífices da abolição da escravidão no Brasil.