Ou 10% de desconto para pagamento à vista + Frete Grátis
Vem com Certificado de Autenticidade e Garantia Digital ☑️
Não foi possível carregar a disponibilidade de retirada.
Em 1903, um turista francês não recomenda a cidade do Rio De Janeiro, encantadora mas triste.
Cartão postal mandado por um turista francês, do Rio de Janeiro para Paris.
Em francês.
14 cm x 9,2 cm.
Rio de Janeiro, 28 de fevereiro de 1903.
Bom estado de conservação.
Peça única.
Nunca venha ao Rio de Janeiro, é um país muito lindo, encantador mas triste e quente
No final dos anos 1800, houve um aumento importante da pobreza no centro do Rio de Janeiro, com uma grave crise habitacional. Apesar de possuir prédios privados e monumentos públicos muito bonitos, faltavam infraestruturas básicas à capital do Brasil (água, esgotos, recolhimento do lixo) que tinha uma fama internacional de porto tropical sujo. Violentas epidemias de febre-amarela, varíola e cólera multiplicavam-se : entre 1897 e 1906, milhares de imigrantes europeus faleceram da febre-amarela no Rio de Janeiro.
Em 1902, o novo Presidente do Brasil decidiu modernizar a cidade e deu carta-branca para o prefeito da cidade, Pereira Passos, e o Diretor Geral da Saúde Pública, o renomado Professor Oswaldo Cruz. Centenas de antigos edifícios foram destruídos e substituídos por grandes avenidas, jardins, casas de alto padrão e indústrias. Milhares de pobres tiveram que se mudar para a periferia da cidade. Brigadas entraram nas casas para exterminar os mosquitos da febre-amarela e matar os ratos, distribuindo veneno e impondo uma gestão rigorosa do lixo. Porém, estas campanhas foram mal recebidas pelo povo carioca, que se revoltou, como por exemplo, em 1904, com a famosa Revolta da Vacina.
Como relata neste postal um turista francês para uma enfermeira parisiense, o Rio de Janeiro de 1903 já enfrentava enormes dificuldades sociais, apesar dos seus encantos naturais e culturais: uma realidade ainda bem atual.