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Correspondência de Jorge Amado e Zélia Gattai (1960s, 1970s, 1980s, 1990s)

Correspondência de Jorge Amado e Zélia Gattai (1960s, 1970s, 1980s, 1990s)

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A partir da década de 1960, o casal Jorge Amado e Zélia Gattai conta sua vida em cartas para seus amigos em Londres.

  • Excepcional conjunto de 54 cartas, manuscritas ou datilografadas, bilhetes principalmente por Jorge Amado - e sua esposa Zélia - para o casal de amigos Antônio e Zora Olinto. Também 8 envelopes.
  • Em português.
  • Diversos tamanhos. 
  • Paris, Londres, Lisboa, Rio de Janeiro e Bahia. Anos 1965 (1), 1975 (12), 1976 (9), 1977 (6), 1978 (5), 1979 (1), 1983 (2), 1984 (3), 1985 (5), 1988 (2), 1991 (1) + sem datas (7).
  • Excelente estado de conservação. 
  • Conjunto único.

Trechos

  • Jorge | Estou na fazenda de uns primos meus desde os meados da semana passada, revendo uma história - como classificá-la não sei… não é para crianças, é uma história de bichos - que escrevi em Paris em 1948.

  • Jorge | Estou em Salvador, onde cheguei a dois dias para encontrar uma produtora francesa de cinema, Claire Duval, produtora entre outros filmes de “Emmanuelle”. Ela veio comprar os direitos para cinema de “Os Pastôres da Noite, que deve ser dirigido por Marcel Camus.

  • Jorge | A TV Globo iniciou a transmissão de uma novela adaptada do “Gabriela”, parece-me que com sucesso.

  • Jorge | Meu trabalho no último mês foi todo voltado para coisas de cinema.

  • Jorge | Minha vida virou um inferno, não me sobra um minuto para mim mesmo (...) eu sumo de Salvador para continuar meu livro, parado nas primeiras páginas.

  • Zélia | Jorge resolveu reestruturar toda a segunda parte do livro. Resultado : das 215 páginas, voltou a página 85. Um trabalho enorme, mas resultou, a história tomou outra dimensão.

  • Zélia | Jorge está trabalhando como louco, toc, toc, toc, na máquina de manhã à noite.

  • Zélia | Penso que não falta muito, a história (“Tieta”) está praticamente pronta faltando alguns deltahes. Se tudo der certo em abril cairá na boca do mundo.

  • Zélia | O filme “Dona Flor” faz o maior sucesso de bilheteria (...) Pena que Jorge não tenha acreditado no cinema nacional e tenha aberto mão de porcentagens, vendendo os direitos por quatro vinténs. Mesmo não tendo lucros nesse sucesso, estamos contentes, achamos que o filme é honesto, gostoso de se assistir.

  • Zélia | Temos andado com a casa cheia (...). Primeiro foi Georges Moustaki que nunca está só. (...) E atrás da fama vieram meninas de várias idades e nacionalidades. A casa se movimentou muito nessas três semanas de sua estada aqui.

  • Zélia | A Bahia, nestas vésperas de carnaval e neste calor de férias, fervilha de turistas. A ordem que os empregados tem é de dizer que estamos fora, que Jorge trabalha numa fazenda. Assim mesmo, há os que não acreditam e que insistem.

Autor mais adaptado no cinema, no teatro, no Carnaval e, sobretudo, na televisão brasileira com inúmeras novelas de sucesso, Jorge Amado (1912 - 2001) foi um dos mais famosos escritores da literatura brasileira. Popular, sua obra foi traduzida em 55 países e 49 idiomas.

Grande admiradora da obra de Jorge Amado, Zélia (1916 - 2008) começou a trabalhar com Jorge Amado em 1945 no movimento pela anistia dos presos políticos. Pouco tempo depois, os dois escritores se casaram e Zélia decidiu ajudar o marido revisando e digitando na máquina os manuscritos originais dele. Viveram no Rio de Janeiro, em Paris e na Tchecoslováquia, onde Zélia iniciou o projeto de fotografar Jorge, permitindo um registro de todos os acontecimentos chaves da vida do escritor. Finalmente, se mudaram para Salvador, na Bahia, a terra natal.

Antonio Olinto e Zora Seljan estavam entre os mais íntimos amigos de Jorge Amado e Zélia Gattai. No intervalo das visitas, a correspondência entre os dois casais era intensa.

A cultura afro-brasileira era tema constante, dado o interesse que Olinto e Zora tinham no assunto ; um dos outros temas de destaque é o assédio intenso que sofria Jorge Amado, muitas vezes obrigado a sair da Bahia acompanhado de Zélia para ter um pouco de sossego em Londres, capital onde Olinto residia com sua mulher ; entre os outros assuntos comentados por Amado e Zélia, há ainda notícias sobre os Candomblés da Bahia, o processo de escritura de Jorge, os livros lançados pelos amigos (Olinto e Zora eram prolíficos escritores), viagens que fizeram à Itália e à França, o cotidiano da casa da Bahia sempre repleta de visitas - inclusive de outras celebridades - e as relações de negócio com a televisão e o cinema.

Temos aqui um conjunto excepcional cobrindo três décadas da vida e da carreira de Jorge e Zélia Amado. Fotos disponíveis sob demanda.


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