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O escultor do Cristo Redentor, Paul Landowski, desenha um anjo, uma das suas principais inspirações para o ícone do Rio de Janeiro.
Desenho de Paul Landowski.
Na 2ª página do livro “Peut-on enseigner les Beaux-Arts ?” do próprio Landowski (autor e dono).
14 cm x 19.3 cm x 2 cm.
Paris, +/- 1944.
Excelente estado de conservação.
Peça única.
Paul Landowski (1875-1961) foi um escultor francês conhecido por suas grandes obras monumentais. Ele nasceu em Paris, onde estudou na École des Beaux-Arts, e trabalhou em um estúdio com o renomado escultor, Auguste Rodin.
Ao longo de sua carreira, Landowski produziu uma série de esculturas monumentais que adornam praças públicas, edifícios e museus em todo o mundo. Uma de suas obras mais famosas é a estátua do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, criada em colaboração com o engenheiro Heitor da Silva Costa.
A estátua foi encomendada em 1921 por um grupo de líderes religiosos brasileiros que queriam construir um grande monumento religioso no topo do morro do Corcovado, um dos marcos mais icônicos da cidade. A inspiração de Paul Landowski para criar a estátua do Cristo Redentor foi uma combinação de fatores religiosos e culturais.
Landowski era católico devoto e sua fé teve um impacto significativo em sua obra. Ele acreditava que a arte era uma forma de expressar a beleza divina e inspirar as pessoas a buscar a transcendência. Sua obra reflete temas religiosos, como a figura de Cristo, santos e anjos.
Ele era especialmente fascinado pelos anjos. Para ele, os anjos eram símbolos de esperança, paz e proteção divina. Ele os via como figuras poderosas e benevolentes, capazes de nos guiar e nos inspirar em nossas vidas diárias.
O livro em si já é uma raridade. Há apenas 200 exemplares, sendo esse o número 3, o exemplar do próprio Landowski com algumas anotações dele. "É possível ensinar as belas-artes?". Essa é uma das perguntas que o artista coloca no livro de duzentas e cinquenta páginas, fruto de muitos anos de reflexão. Como ensiná-las? A questão não é nova. Ela tem sido debatida desde o século XVIII. As teorias se confrontam, umas contradizendo as outras. Não se pode esperar unanimidade sobre essa questão, à qual Landowski não oferece uma solução completamente nova. Ele tenta melhorar as soluções já adquiridas e defender as instituições que ele acredita serem boas.
O desenho, que fica na segunda página, toca a alma. Nunca vi outro igual e imediatamente me fez pensar no Rio de Janeiro, a Cidade Maravilhosa. Foi como conseguir um rabisco de mulher por Picasso ou traços de um pássaro por Santos Dumont. Pura inspiração, pura emoção.