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Dez pequenas fotografias do Rio de Janeiro (1960s)

Dez pequenas fotografias do Rio de Janeiro (1960s)

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Um turista francês registra o Rio de Janeiro dos anos 1960.

Dez pequenas fotografias do Rio de Janeiro, durante os anos 1960, com anotações em francês. Fotógrafo anônimo. 3 folhas (12 cm x 18 cm, 19 cm x 10.5 cm, 9 cm x 14 cm), cada fotografia mede ~ 5.5 x 3.5 cm. Excelente estado. Conjunto único. 

Inventei o texto à seguir para descrever esse conjunto para vocês : 

Irmã,

nem posso acreditar que, finalmente, cheguei ao Rio de Janeiro, no Brasil ! Você se lembra daquelas imagens que víamos da cidade na televisão da casa do tio Pepe? Pois a realidade é ainda melhor, tudo é novo e ao mesmo tempo clássico e elegante, parece um sonho. Ainda assim, nada é mais imenso, infinito e lindo que o mar. Irmã, você precisa conhecer Copacabana, esse foi o primeiro lugare que eu vim assim que sai do aeroporto e agora volto aqui para escrever-lhe estas poucas palavras, quero absorver tudo e não esquecer de nenhum detalhe.

Você se lembra de quando íamos ao riacho perto de casa e dizíamos que aquela água rala devia ser como o mar, sinto em lhe dizer, mas nos enganamos, o mar é muito mais, tão forte quando quebra em ondas na areia, mas tão suave no cheiro de sua brisa, é um azul sem fim, e mesmo ao olhar para o horizonte, é impossível ver o outro lado! E as mulheres de maiô, com as pernas inteiras de fora, papai ficaria louco! Aliás, como anda papai?

Eu sei que ele ainda está furioso com a minha viagem, que o Brasil e cidade grande não são lugares de moña solteira, e sei que ele não quer saber notícias minhas. Ainda assim, se puder ao menos contar-lhe que estou bem. Encontrei um quartinho em uma pensão no Botafogo, apenas para mulheres! E lá conheci a Dona Alzira, uma viúva muito bondosa que, ao ouvir minha história, deu-me um trabalho como sua assistente em seu ateliê. Você vai ver, logo serei uma costureira francesa conhecida no Rio de Janeiro e deixo o papai orgulhoso.

Mas enquanto esse dia não chega, vou aproveitando para passear, já andei pela lagoa, pela orla, vi o corcovado, e, mana, uns edifícios enormes! Não sei como essa gente faz para morar uma acima da outra, devem escutar tudo o que dizem os vizinhos. Lá na pensão já me explicaram que esses apartamentos de frente para o mar são os mais caros da cidade, e eu entendo, que privilégio será acordar todos os dias e dar de cara com esse azul. Enquanto não posso me dar esse luxo, vou à praia e tomo meu bonde de volta ao Botafogo. Irmã, saiba que sempre será bem vinda se quiser me visitar, assim como papai e mamãe.

Quando voltar para França, vou te levar uns discos, há um ritmo novo que se toca por aqui, a Bossa Nova, é a coisa mais linda que eu já ouvi, tão doce e suave que só poderia ter nascido nessa cidade, aposto que quem inventou a Bossa Nova estava olhando para o mar. 

Um abraço caloroso de sua irmã que muito te ama.

Jacqueline.

Gostei desse pequeno conjunto, achei singular, poético. Como o Rio de Janeiro.

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