O ativista oceanografista Jean-Michel Cousteau negocia as condições para um projeto de Museu Do Mar na França, em 1972.
- 27 de abril 1972. Carta da Living Sea Corporation para Louis Merlin sobre o projeto de Museu Do Mar na França.
- Uma página datilografada em francês, com a assinatura de Jean-Michel Cousteau, filho do Comandante Jacques-Yves Cousteau.
- 21 cm x 29,7 cm.
- Ótimo estado de conservação, exceto o canto inferior esquerdo manchado.
- Peça única.
Trechos
(...) Dado o mercado europeu, a localização do seu projeto e de muitas outras considerações, baseadas na minha experiência pessoal das atrações públicas europeias e americanas, eu confirmo que acredito ser uma boa ideia fazer de Bonheurville uma parque de atrações com diferentes temas, provavelmente três, um deles sendo sobre a temática do mar.
(...) Portanto, caso esse parque fosse chamado com o nome do meu pai (falei com ele, ele concorda), gostaríamos de ter controle sobre a qualidade da temática sobre o mar.
(...) Em anexo, você encontra os primeiros resultados do evento “Jacques Cousteau´s Living Sea”, que ocorreu a bordo do navio de cruzeiro Queen Mary.
- 29 de agosto de 1972. Outra carta da Living Sea Corporation para Louis Merlin sobre esse mesmo projeto de Museu Do Mar na França.
- Duas páginas datilografadas em francês.
- 21 cm x 29,7 cm.
- Ótimo estado.
- Assinatura do representante de Jean-Michel Cousteau.
- Peça única.
Extrato
(...) do dia 11 de dezembro de 1971 até o dia 31 de júlio de 1972, foram registradas 932.984 entradas gerando uma receita de 2.397.684 dólares.
- Anexados, uma planilha em inglês apresentando as entradas e receitas correspondentes da atração "Jacques Cousteau´s Living Sea" a bordo do famoso cruzeiro Queen Mary em Long Beach, Califórnia, e um artigo de jornal em francês com o titulo "le commandant Cousteau partisan d´un musée de la mer sur un terrain à vague".
- 14 de novembro de 1971.
- Em estado médio.
- Papel amarelado, rasgado e alguns rascunhos.
Tanto Jean-Michel Cousteau (nascido em 1938) como seu famoso pai, Jacques-Yves Cousteau (1910 - 1997), são duas personalidades excepcionais na história da descoberta dos oceanos. Eles também foram ecologistas pioneiros na conscientização das pessoas e, especialmente, das crianças e adolescentes, sobre a necessidade de preservar o meio ambiente. Os livros e filmes produzidos pelos Cousteau fascinaram muitas gerações no mundo inteiro.
Jean-Michel Cousteau criou em 1999 a Ocean Futures Society:
Nossa missão é explorar nosso oceano global, inspirando e educando pessoas
No mundo inteiro para agir de forma responsável pela sua proteção, documentando
A conexão crítica entre a humanidade e a natureza, e comemorando a
A importância vital do oceano para a sobrevivência de toda a vida em nosso planeta.
Nascido em Toulon (Sul da França), ele também passou 20 meses, de 1981 a 1983, com seu pai e sua família na Amazônia. Na época, a região amazônica de Manaus contava com muito poucos habitantes. Em 2006, o ambientalista voltou à região e a achou com 2 milhões de habitantes, afetando o rio Negro e o rio Amazonas.
Quando se olha o Amazonas, que eu chamo de raiz do oceano, vemos que esses rios estão distribuídos em nove países diferentes.
Resumindo, para Jean-Michel Cousteau, é urgente aprender a gerenciar esses recursos do mesmo modo que se gerencia uma empresa, usufruir dos lucros sem gastar os recursos.
Se você gasta mais que a receita, vai à falência. Neste ponto nos encontramos atualmente. Ninguém quer chegar lá. O Amazonas é um tesouro que vocês têm no país de vocês.
Esse conjunto de documentos é interessante, também, por mostrar o desenvolvimento de um projeto de grande porte, inclusive a parte de negociação. Aqui se entende que o nome de Cousteau, uma marca prestigiosa com direitos de uso restritos, não pode ser usado de qualquer forma.