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Carta assinada por Luís Carlos Prestes (1947)

Carta assinada por Luís Carlos Prestes (1947)

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Em 1947, o líder comunista Carlos Prestes agradece a um admirador por seu apoio à democracia.

  • Carta datilografada e assinada por Luís Carlos Prestes para um simpatizante do partido comunista.
  • Uma página.
  • Em português.
  • 20.6 cm x 24 cm.
  • Rio de Janeiro, 18 de março de 1947.
  • Excelente estado de conservação.
  • Peça única.

Trechos

(…) Agradeço suas felicitações pela vitória de nosso Partido nas eleições de 19 de Janeiro, em São Paulo.

Cumpre-nos, como patriotas, dar o máximo de nossas forças para consolidar as vitórias conquistadas, lutando para fazer cumprir, rigorosamente, a Constituição e assegurar a Democracia em nossa terra.

Estou certo de que estará disposto a nos ajudar nessa tarefa, aproximando-se do Partido Comunista, cuja fileiras estão abertas a todos os bons brasileiros (…).

Luís Carlos Prestes (1898 – 1990), pessoa pouco conhecida da maioria dos brasileiros, foi, porém, uma das personalidades políticas mais influentes do Brasil no século XX. Líder do Partido Comunista do Brasil (PCB) por mais de 50 anos, ele foi perseguido a vida inteira por tentar levantar a população contra o poder da oligarquia governante e, por meio da revolução, exigir reformas políticas e sociais.

Formou a Coluna Prestes, com o propósito de percorrer o Brasil para propagar as ideias tenentistas, realizando uma marcha de 25 mil km pelo interior do país, até 1927, quando o grupo se exilou na Bolívia. Convertido à ideologia marxista, viajou para a ex-URSS e retornou clandestinamente ao Brasil em 1935, casado com a comunista judia alemã Olga Benário. Depois de comandar o fracassado golpe conhecido como Intentona Comunista (1935), com o intuito de derrubar o então presidente Getúlio Vargas e instalar um governo socialista, foi preso e sua mulher entregue à polícia nazista na Alemanha, onde morreu em um campo de concentração. Depois da guerra, com um Brasil mais democrático, Prestes tornou-se senador, mas logo foi obrigado a retornar à clandestinidade.

Para os brasileiros que participaram de movimentos políticos de esquerda desde as décadas de 40, essa carta comemorando uma vitória nas eleições de 1947, ano decisivo, tem um valor histórico especial.


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