Carta manuscrita de Joaquim Nabuco (1904)

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Em 1904, o abolicionista Joaquim Nabuco escreve uma carta carinhosa para sua sobrinha.

• Carta manuscrita de Joaquim Nabuco para Lucília Nabuco Gouvea.
• Uma página.
• Em português.
• 14.5 cm x 20.5 cm.
• 25 de fevereiro 1904, sem informação sobre a localização.
• Excelente estado.
• Peça única.

Você verá no seu tempo, minha querida
Lucília, coisas extraordinárias, de
um consolo sem fim. Eu partilho de
antemão da sua admiração e da sua
alegria, esperando que você alguma
vez se lembre, como os meus filhos,
de render graças também por mim
como se eu mesmo as estivesse vendo. 

25 de fevereiro 1904, Joaquim Nabuco

Conhecido por sua luta contra a escravidão, sendo fundador da Sociedade Antiescravidão Brasileira, Joaquim Nabuco (1849 - 1910) criticou fortemente à Igreja Católica, que, em sua visão, não teria defendido a emancipação dos escravos no Brasil. Além disso, defendeu a liberdade religiosa, a separação entre Estado e Igreja. Foi também historiador, jurista e jornalista, além de ser um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras. Assumiu o cargo de embaixador do Brasil nos Estados Unidos, entre 1905 e 1910, logo depois dessa carta. 

O destinatário dessa carta é Lucília Nabuco Gouvea, sobrinha de Joaquim Nabuco. Nabuco parece compartilhar da felicidade de Lucília por algo de bom que está acontecendo na vida dela. Diz que coisas melhores ainda virão e para ela agradecer, assim como os filhos dele, por estes momentos bons. Mesmo quando ele já não estiver mais presente, ou seja, mesmo depois que ele morrer, que eles ainda sejam gratos por estes momentos. Não é possível saber se trata-se de algum momento próspero no âmbito social, ou de algo que ocorre na vida pessoal dela, onde inclui a família. 

O ano 1904 é também importante para Nabuco que, já renomado por sua longa carreira política de abolicionista, começa uma admirável carreira diplomática nos Estados Unidos. Enfim, o conteúdo, muito pessoal, é incomum.